30 dezembro 2005

Heleno de "baixa" até final da Época!

O guarda-redes João Heleno, que depois de um início de Época fulgurante em Alcaria, se havia lesionado nos Carvalhos (fractura de um dedo), no jogo com a JACA, à 4ª Jornada, foi agora submetido a uma cirurgia, no sentido de debelar a lesão que o vinha atormentando.
Assim, não poderá até final da Época dar o seu contributo à equipa, o que aumenta as dificuldades em relação a uma 2ª volta que se prevê delicada para a Associação Cultural de Alcaria.
Uma baixa de vulto para equipa, que por certo pretenderá alcançar os objectivos a que se propôs, como forma de premiar o “azarado” Heleno.

Votos de franca recuperação!

A Manutenção da posse de bola

Sendo o Futsal um jogo colectivo, privilegiando comportamentos constantes de cooperação/oposição, sendo o comportamento predominante solicitado em função da bola (da sua posse ou da sua recuperação), a valorização da posse de bola deverá ser sempre a variável mais importante na tomada de decisões, quer seja ela individual ou colectiva.

Desta forma, poderemos logo apontar uma desvantagem ao processo ofensivo, que se caracteriza pelas “dificuldades apresentadas pela execução das acções técnico-tácticas específicas com bola, sugerindo a necessidade da sua protecção e conservação, contra as acções agressivas dos adversários.”
Por outro lado, a equipa de posse de bola poderá igualmente:

Controlar o ritmo específico do jogo;
Surpreender a equipa adversária através de mudanças contínuas de orientação das acções técnico-tácticas;
Obrigar o adversário a passar por longos períodos sem a posse de bola.

No entanto, e segundo afirmação de Castelo (1996), “A posse de bola não é um fim em si, tornando-se utópico, se não for conscientemente considerada como o primeiro passo indispensável no processo ofensivo, sendo condição “sine qua non” para a concretização dos seus objectivos fundamentais: a progressão/finalização e a manutenção da posse de bola.”

Assim sendo, poderemos definir a manutenção da posse de bola como a constante quantificação da relação custo/benefício, com o objectivo da tomada de decisão em relação ao comportamento que beneficiará toda a estrutura organizativa, a equipa. “Infere-se assim a necessidade de a resolução táctica em qualquer situação momentânea do jogo, dever ser avaliada em função do binómio risco/segurança, devendo o jogador de posse de bola percepcionar e avaliar correctamente as vantagens e desvantagens, para os objectivos tácticos da sua equipa, da opção e execução deste ou daquele comportamento.” (Castelo, 1996)

No entanto, não deveremos nunca esquecer que, sendo o Futsal um jogo colectivo, e apesar da maior parte da responsabilidade da decisão a tomar pertencer ao homem da bola, a decisão final é fruto do resultado de uma equipa, pelo que, para que a equipa funcione como um todo, será sempre necessário que os restantes elementos da equipa proporcionem ao homem da bola os indicadores indispensáveis para a tomada de decisão, que apesar de ser individual, não deixará nunca de ter a contribuição colectiva. Assim, os deslocamentos dos jogadores sem bola, cuja intenção táctica é de criar as situações que contribuem constantemente:

. Para um melhor apoio ao companheiro de posse de bola aumentando-lhe as possibilidades de resolução da situação táctica com o máximo de eficácia;
. Contribuem para a criação de desequilíbrios pontuais e temporários no sistema defensivo.

Nunca esquecendo que, a manutenção da posse de bola não será o objectivo final do jogo, mas sim o golo, pelo que, a maximização deste objectivo pressupõe a orientação de todos ou da maioria das acções técnico-tácticas individuais e colectivas, realizadas pelos jogadores em processo ofensivo, em direcção à baliza adversária.


Reflictam e executem!

28 dezembro 2005

O Modelo de Jogo Defensivo para a A. C. Alcaria

O modelo de jogo defensivo que preconizamos, assenta, fundamentalmente, sobre a pressão sobre o homem da bola e a limitação de soluções de passe, por parte do homem da bola. Desta forma, pretende-se de forma rápida, objectiva e sincronizada, limitar as opções, em tempo e espaço, de tomada de decisão por parte do adversário. Como define Jorge Castelo:

O objectivo básico da defesa é de restringir o tempo e o espaço disponível dos atacantes, mantendo-os sob pressão e negando-lhes a possibilidade de poder progredir no recinto de jogo. (Castelo, 1996) ”


Ou ainda, segundo o mesmo autor:

A fase defensiva consubstancia-se na base de acções de marcação, que em última análise, traduzem a presença física do defesa sobre o atacante, visando a tomada de todas as disposições para os neutralizar, em qualquer momento do jogo. (Castelo, 1996) “

Assim sendo, e ainda segundo o mesmo autor, poderemos definir o processo defensivo como:

As acções de marcação que exprimem a oposição do conjunto de defesas através de comportamentos técnico-tácticos individuais e colectivos, que visam essencialmente a anulação e cobertura dos adversários e espaços livres, concretizando o cumprimento dos objectivos fundamentais de defesa, nomeadamente a recuperação da posse de bola e a defesa da baliza. (Castelo, 1996) “

Ao contrário do que inicialmente poderíamos pensar, o facto de nos encontrarmos numa situação de “desvantagem” em relação à posse bola, também nos poderá trazer vantagens, analisando o problema com base em variáveis distintas. Analisemos a posição de Teodorescu (em 1984), sobre este problema:

As vantagens do processo defensivo situam-se na maior simplicidade das acções técnico-tácticas sem bola, pelo grande número de processos que permitem a recuperação da posse de bola, e pelas vantagens proporcionadas pela colocação concentrada dos jogadores num certo espaço de jogo, estabelecendo uma melhor entreajuda dos jogadores. (Teodorescu, 1984) “

No entanto, como em qualquer processo de gestão, um processo defensivo seguro passará sempre por uma tomada de decisão antecipada (ou capacidade de previsão da decisão a tomar), em relação ao adversário, assentando sobre dois pilares fundamentais:

. No preenchimento de espaços pelos quais a equipa adversária possa caminhar para o empreendimento das suas acções ofensivas;

. E limitação das acções dos adversários que possam dar continuidade ao processo ofensivo da sua equipa.

Desta forma, não deveremos nunca esquecer que um processo defensivo seguro irá basear-se sempre na manutenção da posse de bola, evitando assim contra-ataques ou ataques rápidos por parte do adversário. É isso que defende Teodorescu (1984), afirmando que “respeitar este objectivo significa evitar o risco irracional presente em alguns jogadores, através do qual se perde o esforço colectivo de uma forma extemporânea. Se as acções individuais ou as combinações tácticas utilizadas na construção e criação de situações de finalização não resultam, recomenda-se que as mesmas se reiniciem não as transformando numa lotaria.”


Reflictam e apliquem em situação real de jogo!

23 dezembro 2005

Novo "Blog" Futsal A.C.A.

A ideia da criação de um “blog” para o Futsal de Alcaria surge com o objectivo de “uniformizar” um grupo, que se pretende cada vez mais homogéneo, coeso, e dinâmico, com o objectivo final de estruturar toda uma organização que se pretende, cada vez mais, venha a dar resposta a todos os problemas inerentes à gestão e controlo do processo de treino.
Para que todo um grupo de trabalho funcione, ele deve “alicerçar-se” sobre duas estruturas fundamentais: dinâmica de grupo e liderança.
Por dinâmica de grupo devemos entender, todas as variáveis que, de forma directa ou indirecta, contribuem para que o grupo funcione como um todo, sem esquecer que o todo não é directamente igual à soma das partes. Desta forma, deveremos ter consciência que apenas percebendo a funcionalidade das partes, as poderemos inserir num todo, que se pretende cada vez mais coeso e homogéneo, com o objectivo final da vitória, cientes dos capitais que investimos a cada treino, e do rendimento final que se pretende obter, que não será mais do que a relação dialéctica entre capital investido e lucro obtido.
Por liderança devemos entender a responsabilidade de quem toma decisões no grupo, liderança esta que nunca deverá ser imposta, pelo contrário, aceite e compreendida por todos. Assim sendo, para que do seio do grupo surja a liderança que se pretende, será necessário que todos tenham consciência de onde nos encontramos, para onde queremos ir, e que meios temos disponíveis para atingir os objectivos a que nos propomos.
É com esta finalidade que damos início a este novo espaço de debate, de forma a que, entre todos, possamos alcançar tudo aquilo a que nos propusemos no início da época. Isto porque, como grupo que somos, repartimos a alegria nas vitórias e a tristeza nas derrotas, com o objectivo final de a vitória se tornar uma rotina na Associação Cultural de Alcaria.